pra coisa nenhuma. mesmo.
quarta-feira, dezembro 31, 2003
 
era mentirinha
discos do ano:
1. spring heel jack + blue series continuum live
2. broadcast haha sound
3. hermeto pascoal e grupo mundo verde esperança
4. radiohead hail to the thief
5. four tet rounds
depois, em ordem alfabética:
alias muted
asa chang & jun ray tsu gi ne pu ep
buck 65 square
jards macalé amor, ordem e progresso
john zorn's madada (bill frisell, marc ribot, tim sparks) masada guitars
marcelo d2 à procura da batida perfeita
mr. catra o fiel parte 2
prefuse 73 one word extinguisher
the rapture echoes
susheela raman love trap

músicas do ano (por ordem de lembrança):
mr. catra "cachorro"
caetano veloso "você não me ensinou a te esquecer"
50 cent "in da club"
justin timberlake "like i love you"
lali puna "40 days"
alias ft. markus acher "unseen sights"
nick cave & the bad seeds "wonderful life"
four tet "she moves she"
buck 65 "square track 10"
radiohead "myxamatosis"
afx "run the place red" (remix)
broadcast "man is not a bird"
death in vegas "girls"
tim sparks "kodashim"
black dice "cone toaster"
miho hatori "night light" (prefuse 73 remix)
the rapture "i need your love"
missy elliott "pass that dutch"
beyoncé & jay-z "crazy in love"
white stripes "seven nation army"
junior boys "unbirthday"
jay-z "99 problems"
mummy fortuna's theatre company "the toy chest"
 
 
último post do ano
último dia do ano, passei trabalhando, organizando muita da bagunça no quarto e ouvindo música o tempo inteiro. aproveitei pra terminar de ouvir as coisas decisivas pra mim esse ano.
seguem abaixo comentários:
monade socialisme ou barbarie: projeto mais calmo e orientado para canções do casal principal do stereolab. bacana. ouvi por alto, é certo que vou ouvir mais algumas vezes, mas não alça grandes vôos não.
dave douglas freak in: o cara toca com o john zorn, chamou só gente cascuda pra tocar no disco dele, mas não chegou nem a um palmo da vitalidade que tem o melhor disco do ano (mais informações abaixo). disco fraco? nem a pau! momentos redentores, sempre originalidade vindo, mas não é um disco tão bem cosido. talvez seja porque existe um approach mais para o tradicional que eu sinta isso, mas sei não.
dosh dosh: além do disco do alias (já comentado posts atrás), esse foi o outro disco de hip hop instrumental que a anticon lançou este ano. embora não tão bom quanto seu irmão melhor, o disco tem grandes momentos. mais cadenciado e lento, contudo, às vezes se perde um pouco como música de fundo. o fim do disco, no entanto, manda muito bem. a faixa das criancinhas é o que há.
spring heel jack + blue series continuum live: PORRA! esse é o grande disco do ano. toda vez que você ouve você fica espantado com o que está ouvindo, com o peso que tem o som e como eles se entendem naquela baderna toda. parente próximo do in a silent way, caos arranjado no modo da calma e do silêncio. quem mais senão matthew shipp e companhia são capazes disso hoje?
broadcast haha sound: taí o outro grande disco do ano. ouve, ouve, ouve e não cansa. canção favorita? era "before we begin", virou "man is not a bird" fááácil. já pedi pro gordinho tocar na maldita e vou ficar enchendo o saco até virar hit da festa. disco que alterna entre canções e peças mais estranhas, o haha sound encontra um equilíbrio que não deixa a coisa ir demais pro meloso (periga algumas vezes) mas que mantêm ligados na parte "experimental" também aqueles que não são muito chegados a maluquice. soberbo.
novos baianos novos baianos f.c.: as pessoas se espantam sempre que eu digo que acho esse o maior disco de todos os tempos. por quê? só ouvir "alimente", "os pingo da chuva", "sorrir e cantar como bahia", "com qualquer dois mil réis" ou qualquer outra pra notar que é O disco magnânimo por excelência. "e esse ano não vai ser / igual aquele que passou / ô ô ô ô / ô que passou". feliz 2004.
 
quarta-feira, dezembro 24, 2003
 
ho ho ho
para quem estiver interessado, fiz uma compilação de algumas coisas que ando ouvindo muito, intitulada coletânea feliz natal. primeiramente como um presente de amigo oculto da maldita, mas ficou tão bacana que decidi disponibilizar. vale a pena conferir mesmo que seja para ver a ordem das músicas (uma vez que a minha conexão ainda é discada). em todo caso, estarei conectado no slsk o dia 25 inteiro (ou assim espero).
username re-gard
 
 
i saw mommy kissing santa claus
como sempre, ainda não deu pra ouvir tudo que a gente queria, mas pelo menos os cds desse ano de yoshihiro hanno e david s. ware já entraram, mesmo que timidamente, no soulseek.
comprei os discos recentes de tom zé e elza soares na fnac, saiu cerca de 20 paus cada. imprensa cantada, do tom zé, é uma espécie de compilação de toda a produção ainda não lançada das músicas "informativas", "de mensagem" do sujeito. o encarte é bastante explicativo a esse respeito: fora dos circuitos de gravadoras e em período de ditadura, o jeito era fazer canções provocativas e irônicas e circular pelos ambientes universitários, graças ao qual tom zé não morreu de fome no final dos anos 70. "requerimento à censura" e "identificação", duas clássicas que eu nunca tinha ouvido, são amores imediatos. "vaia de bêbado não vale", já lançada como single (de capa genial), completa o elenco das sensacionais. o resto do disco não sustenta, as novíssimas "companheiro bush" e "urgente pela paz" cabendo melhor em show do que em disco (a primeira, aliás, é bem melhor que a segunda). um disco nada imprescindível em se tratando de tom zé, mas interessante o suficiente para fazer valer o investimento. o disco da elza soares, vivo feliz, ainda não ouvi.
papai "sérgio alpendre" noel me presenteou com diversos discos que ficariam mofando em suas prateleiras: police synchronicity steve reich music for 18 musicians prince diamonds & pearls league of gentlemen god save the king (beleza, ele me cobrou R$5 cada nos dois últimos) dois do durutti column, entre outros.
aquisições recentes: em cd, elvis costello & burt bacharach painted from memory r.e.m. document. em vinil, nina simone don't let me be misunderstood (coletânea) cartola cartola (o segundo) otis redding a history of otis redding e a preciosidade aretha franklin aretha now.
mamãe me dará o echoes do rapture, eleito como disco do ano pela pitchfork. aliás, a lista da pitchfork, discos e singles, tá bem interessante. entre os 10 primeiros lugares de discos, rapture, books, surfjan stevens, prefuse 73, broken social scene, manitoba. four tet e non-prophets entre os vinte mais, broadcast injustamente lá pela quadragésima e tal posição (mas presente mesmo assim). na de singles, outkast, beyonce, justin timberlake, rapture, junior senior, the roots, !!! e 50 cent. o paraíso indie se rendeu à música pop... :)
 
sexta-feira, dezembro 19, 2003
 
prévia melhores de 2003 (IX) - paulo roberto pires (no minimo).
vamos lá, sem ordem alguma - e desculpa o atraso:
maria bethânia brasileirinho los hermanos ventura jards macalé amor, ordem e progresso elvis costello north elizeth cardoso ao vivo no joão caetano (pra mim, nesta forma, é inédito) paulo vanzolini acerto de contas (caixa) luciana souza north and south dori caymmi contemporâneos shirley horn may the music never end
 
terça-feira, dezembro 09, 2003
 
tu pisavas nas notas distraída
quando se dorme no ônibus e se passa do ponto, pouca coisa resta além de olhar pro chão. sorte é que quando isso acontece comigo é o boulevard 28 de setembro, e no chão temos partituras de delícias como "feitiço da vila" ou "carinhoso", o que sempre dá um alento suplementar aos melancólicos fins-de-noite alcoólicos. em homenagem, um pouco da história das calçadas musicais de vila isabel.
 
segunda-feira, dezembro 08, 2003
 
o verdadeiro disco do books esse ano
bom, para aqueles que ficaram um tanto decepcionados com o segundo disco do duo americano the books, the lemon of pink, por basicamente repetir os procedimentos do antológico thought for food, só que dessa vez sem o mesmo humor e sem a originalidade, recomendo sem pestanejar um disco que passou meio em brancas nuvens esse ano, o disco rethinking the weather do daedelus. na verdade, os procedimentos usados não têm muito em comum com o books: os books trabalham basicamente com sons que eles tocam e com sons encontrados – conceito de música concreta – que eles incorporam às músicas. rethinking the weather é mais um disco à maneira de no protection, disco em que o mad professor retrabalhou o protection do massive attack. aqui, o disco alvo é the weather, também lançado esse ano, em que o daedalus trabalhou com busdriver + radioinactive, como produtor. aqui, ele está sozinho para retrabalhar tudo conforme sua vontade. nasceu um disco bem-humorado, cheio de momentos "feelgood" graças à utilização onipresente de swing americano dos anos 50 com toques latinos, mais samples fenomenais – linha "frontier psychiatrist" dos avalanches. na verdade, o disco ainda está tocando, e é a primeira audição. mas a impressão é tão forte que pelo visto o disco vai estar rodando no meu tocador por um bom tempo...
por enquanto é isso, depois a gente volta com mais prévias de melhores de 2003...
 
 
prévia melhores do ano (VIII): gordinho (amaldita.blogspot.com, pelvs)
beulah yoko bmx bandits down at the hop broadcast haha sound death cab for cutie transatlanticism do make say think winter hymn, country hymn, secret hymn explosions in the sky earth is not a cold dead place grandaddy sumday guster keep it together i am kloot i am kloot los hermanos ventura mogwai happy songs for happy people pernice brothers yours, mine and ours plastic mastery sverige ep radiohead hail to the thief saloon if we meet in the future super furry animals phantom power surfjan stevens greetings from michigan: the great lakes state the decemberists her majesty, the decemberists the national sad songs for dirty lovers the tyde twice true love always clouds yo la tengo today is the day ep
 
sábado, dezembro 06, 2003
 
prévia melhores do ano (VII): guilherme "maverick" darisbo (cine victória, www.nemo.com.br)
assim, de cabeça, lembro do amor, ordem e progresso, do jards macalé, maravilhoso, lindo, fodaço. sou suspeito pra falar dele, mas acho que desde o 4 batutas e 1 coringa ele não lançava algo tão, mas tão, bom.
tem também o disco da karine alexandrino, que parece que já saiu este ano, não tenho certeza. surpreendente, é um disco de eletrônico-com-voz, ou emepebê-eletrônica, que vai além, tanto pro lado emepebê (flertando abertamente com o brega, o pós-jovem-guarda [que é a única tradição de música popular {popular mesmo} brasileira que pode ser analisada de acordo com um processo histórico hoje]), como pro lado eletrônico (fazendo um disco que soa desgraçadamente moderno, chegando até a soar vanguardoso vez em quando [diamanda galás, meredith monk, essas gritantes aí]). coisa fina, adorei a moça.
e, chovendo no molhado, o ventura, dos hermanos, uma banda legal do rio que vocês já devem ter ouvido falar.
dignos de nota: chico correa, gilberto monte (cd do cumbuca saiu esse ano, né?), tratore & outros discos, container (de curitiba - gengivas negras e sua turma), n0-age (de porto alegre, lançou uma coletânea virtual de barulho eletrônico muito boa), umbigo group e fronha records (do rio).
falar na outros discos, tem o cd da maria alcina com o bojo, levo fé. baixei algumas faixas, mas não ouvi com atenção ainda.
 
 
prévia melhores do ano (VI): (loud, a maldita [amaldita.blogspot.com])
guster keep it together cursive the ugly organ radiohead hail to the thief broken social scene you forgot it in people the thermals more parts per million grandaddy sumday los hermanos ventura mundo livre s.a. o outro mundo de manuela rosário starlight mints built on squares goldcard goldcard twilight singers blackberry belle ween quebec b negão enxugando o gelo
 
 
prévia melhores do ano (V): alexandre matias (http://gardenal.org/trabalhosujo)
marcelo d2 à procura da batida perfeita curumin achados e perdidos v/a amarelo manga bonsucesso samba clube bsc bnegão & os seletores de freqüência enxugando gelo de leve o estilo foda-se four tet rounds marcelinho da lua tranqüilo asian dub foundation the enemy of the enemy cat power you are free
 
 
prévia melhores do ano (IV): rodrigo lariú (midsummer madness):
de muito bom q me lembro assim sem muito critério são:
telescopes premonitions 1989-1991 (pelo midsummer madness, hahahaha) marcelo d2 à procura da batida perfeita los hermanos ventura strokes room on fire bnegão enxugando gelo eddie original olinda style the coral the coral the raveonettes chain gang of love
 
sexta-feira, dezembro 05, 2003
 
prévia melhores do ano (III): dj tito figueiredo (paradiso, loud)
chemical brothers & flaming lips the golden path 12" the stills love will break your heart the rapture echoes !!! me & giuliani down by the school yard 12" the dandy warhols welcome to the monkey house the sleepy jackson lovers kylie minogue body language the postal service give up zoot woman zoot woman radio 4 electrify 12' massive attack the 100th window planetfunk non zero sumness.
tito também mencionou alguns dos piores discos que ouviu no ano: los hermanos ventura (cada vez mais insuportável - a pior banda brasileira de todos os tempos); muse (quanto mais famoso, pior fica); the thrills e darkness (um chute no culhão).
as grandes decepções de 2003 (grandes artistas, discos medonhos): kraftwerk, asian dub foundation, enon, iggy pop, black rebel motorcycle club.
 
 
prévia melhores do ano (II): bruno "ruler" orsini (www.indierock.com.br)
broken social scene you forgot it in people the thermals more parts per million guided by voices earthquake glue fruit bats mouthfuls enon hocus pocus postal service give up radio dept. lesser matters the shins chutes too narrow black box recorder passionoia pernice brothers yours mine and ours hidden cameras the smell of our own the knife deep cuts grandaddy sumday ted leo and the pharmacists hearts of oak twilight singers blackberry belle
 
 
prévia melhores do ano (I): ruy gardnier (www.nemo.com.br/pracoisanenhuma)
bom, nestes próximos dias estarei publicando algumas prévias de melhores do ano feitas por pessoas próximas com gostos bastante diferentes mas que compartilham um interesse forte em pesquisar coisas pouco convencionais. então o lance é esse: como o ano não terminou, essa é somente uma prévia – haverão omissões, injustiças, discos que ainda não ouvimos a contento, essas coisas. listas parciais e fragmentárias. dito tudo isso, vamos à minha prévia do ano de 2003:
(em ordem alfabética, com * os meus cinco preferidos do ano) alias muted asa chang & junray tsuginepu ep broadcast haha sound(*) buck 65 square four tet rounds(*) hermeto pascoal e grupo mundo verde esperança(*) jards macalé amor, ordem e progresso marcelo d2 à procura da batida perfeita prefuse 73 one word extinguisher radiohead hail to the thief(*) the rapture echoes spring heel jack (w/ matthew shipp, evan parker, han bennink & jason pierce) live(*) susheela raman love trap coletâneas e relançamentos aphex twin 26 remixes for cash v/a lexoleum elizeth cardoso ao vivo no joão caetano com zimbo trio, jacob do bandolim e conjunto época de ouro. ainda falta ouvir: maria bethânia, moacyr luz, maria rita, david s. ware, yoshihiro hanno, lamb, timbaland & magoo, missy elliott e mais alguns que eu não lembro agora.
 
quarta-feira, dezembro 03, 2003
 
remixando por dinheiro
um dos discos mais impressionantes lançados esse ano chama-se 26 remixes for cash. não foi exatamente badalado ou celebrado por um motivo simples: é uma coletânea de remixes que o richard d. james (aka aphex twin, caustic window, afx, polygon window) lançou esse ano, com uma seleção (sim, faixas consideradas importantes, como o remix dele pra "devil's haircut" do beck, saído diretamente de pesquisas sonoras pra "come to daddy", ou o fast mix para "time to find me" do seefeel, ficaram de fora) de vinte e seis remixes realizados em momentos inteiramente diferentes de sua carreira, para artistas tão diferentes quanto nine inch nails, saint etienne, curve, nobukazu takemura, jesus jones e seefeel.
mas o disco é extraordinário por duas razões muito simples:
– o projeto de remix do richard d. james é tão genial quanto picareta. genial porque ele foi o primeiro sujeito a ampliar o conceito de remix, inicialmente só pegando pedaços ínfimos das músicas de origem e inventando material completamente novo para construir músicas que acabam parecendo incrivelmente mais com seu próprio trabalho do que com o trabalho dos artistas remixados. picareta porque ele jamais recusou nenhuma oferta, mesmo de artistas que ele dizia desconsiderar (nine inch nails, lemonheads), e acabava fazendo peças inteiras inéditas, às vezes sem sequer ouvir a música de partida (existe um boato de que ele esqueceu o prazo de um remix do lemonheads e, depois de duas horas trancado no computador, entregou uma fita com o "remix", que aliás nunca foi lançado).
– a segunda razão é que a música contida nesse disco é inteira extraordinária, nenhuma das 26 faixas fazendo figuração ou enchendo lingüiça. melhor ainda: existe a constante sensação de que tal ou tal faixa poderia tranqüilamente figurar num dos discos de carreira do aphex twin. assim, o remix pra "mindstream" do meat beat manifesto se inscreve tranqüilamente entre o período "classics" e o "i care because you do" (mais pro último do que pro primeiro); "deep in velvet", remix para philip boa & voodoo club, e "kriegen", para die fantastichen vier, estão em algum lugar entre o hangable auto bulb, disco e música, e "girl/boy song" (inclusive "importando" algumas sonoridades diretamente dessas músicas); o de "falling free" pro curve é tranqüilamente um outtake do selected ambient works 87-92 (mas é inclusive melhor que algumas faixas desse disco).
algumas faixas são especialmente dignas de nota: a colagem que ele fez entre a voz de bowie em "heroes" e a instrumentação de "the heroes symphony" do philip glass é inacreditável, tirada de chapéu imediata (curiosamente, foi a primeira música que eu baixei do napster na minha vida, mas isso é puramente pessoal); o fabuloso remix pra "you head my voice" do st. etienne, e "journey", do gentle people, completamente hinóticas; "let my fish loose" do nobukazu takemura, suprema na utilização minimal das células sonoras; mas acima de tudo a versão pra "raising the titanic", aula de utilização de volume e camadas sonoras, basicamente o que se espera de um grande produtor/remixador... só que essa versão é quase uma ars poetica do remix, onde o remixador se autocontempla em colocar botõezinhos pra cima e pra baixo, para o simples deleite do ouvinte.
dá vontade de pegar todas as versões originais e fazer um disco, ouvir até cansar, pra depois voltar e entender exatamente todas as operações do sr. james.
um grandessíssimo disco que, associado à inacreditável faixa 1 do smojphace ep (também um remix, aliás), faz de richard d. james um dos grandes nomes da música em 2003.
 
segunda-feira, dezembro 01, 2003
 
soulseek & destroy
coisas que eu estou procurando que nem maluco no slsk, infrutiferamente:
david s. ware threads: depois do colosso que é freedom suite, lançado ano passado, nosso herói do saxofone aposta mais na seção rítmica e na levação de som. como sempre, matthew shipp no piano, evan parker no baixo, etc.
yoshihiro hanno es: (entre sinais de < e >): nosso herói japonês experimental em sua mais nova incursão pelo longplay depois da finura que é 9 modules, um dos melhores discos de 2002.
philip jeck host: nunca nada dele me emocionou com força, mas é um cara que sempre vale a pena ouvir. pra quem gosta de christian marclay, otomo yoshihide, voice crack e experiências menos palatáveis com toca-discos, é obrigatório.
a versão da marisa monte pra "esqueça" do roberto carlos. primeira coisa dela em anos que me interessa (coloco os tribalistas entre parênteses porque não tenho ainda opinião sobre eles, ainda não ouvi o disco, mas sou simpático às que tocam na rádio)
 
 
afasia e hiperatividade
semanas sem colocar nada aqui, espero que não tenham me esquecido definitivamente. a próxima semana promete ser cheia, filosofar sobre remixes, falar de aphex twin, discos novos de jay-z, missy elliott, a pérola desconhecida hymie's basement, remix do fennesz pra uma banda que eu desconhecia chamada junior boys e algumas participações especialíssimas dentro aqui desse blog. mas esse comentário é pra agradecer ao daniel caetano por ter me emprestado a preciosidade que é o nefertiti, miles davis e seu segundo quinteto. já é algo muito claro na minha cabeça a preferência pelos discos do segundo quinteto aos do primeiro. se meu preferido permanece sendo in a silent way, espécie de extensão do segundo quinteto (adição de guitarra, três teclados, mais sessão rítmica), os simples toques do herbie hancock no piano, as sopradas do wayne shorter ou o pulso de carter/williams em discos como esse nefertiti ou miles in the sky são de deixar boquiaberto. em tempo: baixei todo o decálogo do masada do john zorn, assim como alguns de seus spin-offs (masada strings, alguns ao vivo [tonic, jerusalem]) e aos poucos comentarei.
é isso. ah, e bem-vindos ao nemo!
 

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ao meu jeito eu vou fazer um samba sobre o infinito /// e eu nem sei que fim levou o meu -- risos /// quanto mais conheço o homem, mais eu gosto do meu cão ///

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