pra coisa nenhuma. mesmo.
quarta-feira, julho 25, 2007
 
eis que pinta uma das músicas do ano no pedaço. gordinho, rapaz sagaz e atualizado, já anda requebrando os quadris das pessoas tocando a música nova de jens lekman, "friday night at the drive-in bingo". mais episódios de tédio de cidade do interior e a pequena observação de fatos insólitos que reencanta o mundo, melancolia embalada em veludo. o disco mesmo, night falls over kortedala, ainda está pra ser lançado e disponibilizado nos queridos p2p. esperamos ansiosamente, porque lekman é um desses artistas que acertam em tantas frentes diferentes, tem um senso enorme para compor melodias simples e assobiáveis, tem cinco ou seis gracejos espirituosos por estrofe, & ainda tem esse estigma de ser uma espécie de reencarnação sueca do morrissey. imaginamos jens, frio de rachar em gothenburg, fazendo suas canções como bombons levemente alcoolizados para aquecer um bocadinho nossos percursos diários. burn down the avenue, jens!
 
sexta-feira, julho 20, 2007
 
st. vincent, já ouviram falar? disquinho é marry me, e ela tem algumas credenciais bastante boas, em especial o fato de ter tocado com sufjan stevens e polyphonic spree. inicialmente, confesso, pareceu alguém tentando apreender e digerir björk, com algumas inflexões meio à billie holiday, mas ouvindo o disco inteiro percebemos que a moça tem força própria e um cainho todo particular a trilhar. o disco é uma companhia perfeita para ser escutado junto com outra cantora que funciona na mesma linha, feist (o novo é the reminder, todos já sabem, né?), um pop mais elegante, sofisticado e ousado, com estrutura mais convencional e arranjos mais audaciosos. outra cantora que todo mundo anda comentando é marissa nadler, que em seu terceiro disco é produzida por greg "espers" weeks, que dá delicados toques de arranjo que fornecem uma amplidão maior às composições. ms. nadler só cambaleia quando decide regravar "famous blue raincoat", de leonard cohen, e naturalmente fica muito aquém da força da música e da voz de nosso monge preferido. mas o disco inteiro se escuta inteirinho.
e, pra continuar falando de cantoras, aqui tem um link pras preferidas da divina. não a elizeth. muita coisa a catar, a ouvir e a comentar.
músicas:
st. vincent "paris is burning"
marissa nadler "bird on a grave"
st. vincent "human racing"
 
terça-feira, julho 10, 2007
 
i ♥ ep
ficar ligado porque até agora no ano boa parte das coisas interessantes está sendo lançada em ep. já mencionei aqui a badaladíssima joanna e dei o link, e de fato as versões dela de "clam crab cockle cowrie" e "cosmia" são inacreditáveis, de fazer chorar. definitivas. além da música nova, que é.. err.. tudo. simples assim.
mas agora o burial lançou ep novo, climático, sombrio, chuvoso. ghost hardware é o nome do ep, e se não dá um novo passo à frente do que foi feito no lp homônimo que eles lançaram no ano passado (o que o disco da joanna newsom definitivamente *faz*), ao menos apresenta uma produção do mesmo nível.
mas pra não dizer que o ano até agora é uma mera continuação em ep do que 2006 foi em lp, temos a polêmica em torno de the tuss, artista da gravadora rephlex que vem lançando ep's com uma sonoridade muito semelhante à do dono da rephlex, um certo senhor de nome richard d. james, em especial o trabalho dele com material analógico que ele vinha lançando na série analord. bom, ouvindo rushup edge ep a gente não fica com muitas dúvidas, porque ninguém mais no mundo compõe assim. seis musiquinhas onde a gente reencontra um pouco do aphex twin de quebradas e andamento mais abrasivo de faixas como "omgyjya-switch7" ou "arched maid via rdj". xuxu beleza.
isso é pra não esquecer a melhor coisa ouvida esse ano, ep novo do black dice intitulado roll up, com duas faixas lindas de morrer e que fazem lembrar a siderante apresentação deles no tim para um público de duas dúzias de pessoas (uma hora antes do caetano lotar o mesmo palco na alta madrugada). e, claro, jamais esquecendo também que os queridíssimos konono no. 1 tembém lançaram um epzinho chamado live in tokyo que é um brinco.
pra antecipar outros posts com mais e mais coisa que ando ouvindo, algumas faixas que merecem ser baixadas o quanto antes:
"white goddess" de james blackshaw, do disco split junto com o davenport
"rushup i bank" de the tuss, do ep rushup edge
"plans" do grizzly bear, do disco yellow house
 
 
dois ou três links
breezeblock, saca? programa da radio 1 da bbc, madrugada de sexta para sábado, há anos trazendo algumas das coisas mais ousadas do que vem sendo feito em música, sobretudo no terreno da eletrônica experimental (e coisa de pista também). como destaques, sets especiais feitos por artistas e produtores de música eletrônica, e alguns naturalmente tornaram-se clássicos. é possível baixar vários, e muitos valem a pena: dj shadow, bomb the bass, avalanches, benga & skream, tralalá. bom de ouvir, e bom de saber as preferências dos artistas que admiramos. por exemplo, aqui tem a listinha do que a björk ouvia no final da década de 90, totalmente envolvida com as experiências eletrõnicas da galera do matmos, oval, aphex twin, etc. e aqui dá pra baixar. nem sempre as passagens funcionam, mas ouvir é uma graça.
o breezeblock trocou de nome no começo desse ano, grudou o nome à produção porque agora mary anne hobbs conseguiu uma hiperprojeção como espécie de madrinha divulgadora do dubstep (tem até uma coletânea intitulada "mary anne hobbs presents"). o ex-breezeblock chama-se agora mary anne hobbs radio 1's experimental e a programação pode ser conferida aqui. vale a viagem.
por fim, porque o tempo urge, temos o site dos avalanches, que não lançam nada além de remixes desde o fabuloso since i left you (e lá se vão quantos anos...). se inscrevendo – vale a pena, é de graça e a inscrição é automática –, a gente pode baixar alguns dos sets que eles fazem. não fazem muitas operações em cima das músicas originais e nem são muito criativos nas passagens – ou seja, não é tão bacana quanto os as herad on radio soulwax 1,2,3,4,5.. –, mas vale pela garimpagem de muita música boa que a gente nunca ouviu... err, junto tem umas coisas de torcer o nariz, tipo new edition, mas...
 

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ao meu jeito eu vou fazer um samba sobre o infinito /// e eu nem sei que fim levou o meu -- risos /// quanto mais conheço o homem, mais eu gosto do meu cão ///

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