músicas dos festivais? "i want you", "idiot wind", "visions of johanna", "i'm not there" e tudo mais que tem em i'm not there, o filme de todd haynes. mas também les rita mitsouko, que toca no filme as testemunhas do andré téchiné. o show do ano foi antes do tim, foi joanna newsom no sesc santana, ainda que porto alegre deva ter sido melhor ainda, já que tocou "only skin", "cosmia" e "colleen", além de "emily", "clam crab cockle cowrie", "book of right on", entre outras. falar do tim é até meio esquisito. cobrar 180 reais por uma hora e pouco de björk? nem sequer ser capaz de fazer o ar condicionado funcionar? em matéria de organização o tim festival desse ano foi um fiasco completo, e além dos ingressos extorsivos não deu o conforto a quem pagava esperando esse conforto. o episódio da substituição da feist por mais um set do antony, mínimo (meia hora), também causou atrasos inaceitáveis e um péssimo tratamento de som, porque bastava aumentar um pouquinho do piano que a microfonia explodia (e isso porque passaram mais de 40 minutos preparando o palco). o bom é que antony é muito superior a tudo isso. a versão de "the lake", mesmo que o piano não fosse ouvido e deixasse a música com arranjo de voz e violão, foi linda, uma lembrança a ser guardada para sempre. "fistful of love", "hope there's someone", emocionantes no primeiro set, abrindo pra björk. já a islandesa foi impecável no que há de bom e de ruim. o espalhafato da produção, cafona e grandiosa demais, tirou boa parte do intimismo e da fragilidade com que björk compõe suas músicas. por sorte a música continua como está, e o show rendeu belíssimos momentos. katia b e cibelle eu não vi. cat power era mais interessante antes, todos parecem concordar. mesmo eu, que não sou um grande entusiasta, achei o show toderrado dela só com o violão naquele teatro ali no centro (me escapa no nome agora) bem mais bonito, direto, em uma palavra que resume a melhor qualidade de chan marshall: vulnerável.
de disquinhos saindo do forno, não percam o novo e excelente disco do hurtmold, epônimo, e corram atrás dos dois álbuns de dubstep mais esperados desse fim de ano: untrue do burial e underwater dancehall do pinch. ouvi uma vez só cada um até agora, esperava mais de cada um deles, mas comentarei melhor quando os discos tiverem tempo de assentar melhor numa audição mais atenta (mas "ghost hardware" do burial e "brighter day", versão instrumental, do pinch, estão entre as melhores faixas do ano). agora, eu queria chamar atenção mesmo é do ep novo do battles, tonto+ ep, que tem remixes de the field e four tet. kieran hebden faz um trabalho bonito, mas um tanto comportado em comparação com alex willner, que monta mais um de seus labirintos rítmicos alternando camadas hipnóticas e construindo um lento crescendo a partir de células da faixa original do battles. com esse, são dois remixes fulminantes no mesmo ano, e essa admiração é algo que eu não sentia desde os idos em que aphex twin e autechre faziam suas sandices soltando um remix ou mais por trimestre (bons tempos). extra! extra! extra! acabei de passar no myspace do sujeito e não é que the field toca em são paulo, em campinas, em brasília, em belorizonte, em florianópolis? e ****nada**** de rio de janeiro? não tem nenhum mequetrefe pra trazê-lo? como pode?  ¶ 2:04 PM |