pra coisa nenhuma. mesmo.
sexta-feira, dezembro 24, 2004
 
meus melhores do ano ainda não vão aparecer agora, mas os da pitchfork e os da les inrockuptibles já estão disponíveis nos sites das referidas. na lesinrocks deu franz ferdinand na cabeça; a pitchfork escolheu funeral, do arcade fire. alguns outros muito bem contados nas duas: the streets, björk, devendra banhart. o disco do arcade fire é realmente muito legal, com algumas faixas excelentes e umas duas faixas mais lentinhas menos interessantes, com ecos de echo (ugh! foi mal, gente). nada muito surpreendente para quem acompanha as duas publicações. cocorosie, clouddead e jolie holland, que certamente estão entre os meus preferidos, foram lembrados apenas pelos franceses. blonde redhead e savath & savalas, também bastante queridos por aqui, não entraram em nenhuma. fennesz e william basinski fizeram posições modestas na pitchfork, mas entraram. atenção para o gravenhurst, presença nas duas e única verdadeira revelação em full length da warp records nesse ano, que não teve aphex twin, autechre, broadcast, boards of canada e outros preferidos do selo. destaque apenas para jimmy edgar, que lançou ep.
algumas canções preferidas:
asa chang & junray "senaka"
devendra banhart "this beard is for siobhan"
arcade fire "neighborhood #2 (laika)"
jimmy edgar "i wanna be your std"
acabou la tequila "kung fu"
blonde redhead "melody"
jane birkin & mickey 3d "je m'appelle jane"
n.e.r.d. "she wants to move"
 
sexta-feira, dezembro 03, 2004
 
pure dosh
há pouco mais de um ano (contado de memória a partir da operação no joelho), dosh lançava seu primeiro e homônimo disco, para uma aclamação bastante morna, tanto aqui nesta tribuna quanto em qualquer outro lugar. dessa vez, pure trash, mais recente disco do produtor (houve um ep entre os dois discos), renova a posição de dosh entre os músicos do hip-hop instrumental. não tão inventivo nem louco quanto dj shadow, não tão swingado quanto rjd2, e acima de tudo não tão atmosférico quanto alias, seu parceiro de gravadora. mas isso é apenas metade da verdade sobre pure trash: ouve-se o disco de forma agradável, com destaque para a primeira faixa e para o primeiro single "naoise". mas, tendo ouvido o disco duas vezes, dá uma sensação curiosa de que às vezes vai emplacar mas nunca consegue. segundo escalão da anticon, bem mais normalzinho que a maioria da produção da gravadora, mas ainda assim digno de atenção.
agora um disco *realmente* esquisito é o do telephone jim jesus, ex-membro do restiform bodies. o nome faz tanto sentido quanto a ordem das músicas e a onda dos caras: point too far to astronaut. tipo se o clouddead fosse instrumental.
 
quinta-feira, dezembro 02, 2004
 
my melody
como é que eu consegui viver a vida inteira sem jamais ter escutado l'histoire de melody nelson, obra-prima absoluta do serge gainsbourg? tou fazendo a devassa da carreira dele e da jane birkin graças ao show memorável dela assistido em são paulo, e me deparo com esse monumento, um disco conceitual de pouco menos de 30 minutos, em que um personagem masculino – serge himself? – anda com seu rolls até que encontra com a jovem melody, uma ruivinha de catorze anos (catorze outonos e quinze verões) com quem tem um caso amoroso até que a moça morre num acidente aéreo. entre a valsa ("valse de melody") e a guitarra roqueira meio bêbada de um neil young ("melody", "en melody"), o disco passa por faixas com personalidade própria – algo nem sempre comum nos discos conceituais – e que grudam na primeira ouvida (e, o melhor, não cansam quando se continua ouvindo).
item de discoteca básica e melhor descoberta do ano!!
 
 
já dá pra antecipar que o ano musical pertence ao dom da voz, às cantoras (ladies first) e aos cantores. curiosamente, muito poucos discos instrumentais esse ano me interessaram, e sinceramente nenhum disco de música eletrônica me interessou até a chegada do segundo ep de jimmy edgar, bounce, make, model. o ep é bem legal, mesmo que irregular, mas contém a música mais bacana de experimental esquisito desse ano: "i wanna be your std". parece um bocado com o que o aphex twin faria se tivesse que fazer um remix de ambient dub: cadenciado, elegante, exigente, um pouquinho esquizo, mas acima de tudo muito instigante. lembra um pouco algumas coisas do richard d. james album, mas bem mais orientado para a pista de dança. bom saber que não tínhamos que esperar algum lançamento dos suspeitos de sempre (aphex, autechre, prefuse, squarepusher) para gostar de algum disco de eletrônico experimental esse ano.
 

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ao meu jeito eu vou fazer um samba sobre o infinito /// e eu nem sei que fim levou o meu -- risos /// quanto mais conheço o homem, mais eu gosto do meu cão ///

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